O Brasil nunca foi palco de uma virada no segundo turno em uma eleição presidencial desde a redemocratização, no ano de 1989. Neste período, foram seis embates, O último deles foi em 2018 entre Jair Bolsonaro, que à época era candidato do PSL, e Fernando Haddad (PT). Bolsonaro venceu os dois turnos da eleição.
Agora, Bolsonaro (com 43,20% dos votos no primeiro turno) enfrenta
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que somou 48,43% dos votos, no segundo turno das
eleições 2022.
Na primeira eleição presidencial pelo voto
direto, após 29 anos, em 1989, Fernando Collor, que era candidato pelo PRN,
venceu Lula, que já era candidato pelo PT. No primeiro turno, Collor teve
30,48% dos votos contra 17,19% de Lula e no segundo ele venceu com 53,03% contra
46,97% de Lula.
Nas eleições de 1994 e 1998, Fernando Henrique
Cardoso, que era do PSDB, ganhou as eleições no primeiro turno duas vezes
seguidas. Em 1994, teve 55,22% dos votos e em 1998 teve 53,06% dos votos.
Em 2002, também não houve virada. Depois de perder três eleições
seguidas. Lula triunfou no primeiro e no segundo turno, derrotando José Serra,
do PSDB. No primeiro turno de 2002, Lula teve 46,44% e, no segundo, 61,27% dos
votos. Serra ficou com 23,20% e 38,73%, respectivamente.
Em 2006, Lula liderou o primeiro turno com
48,61% dos votos e derrotou Geraldo Alckmin, do PSDB, que ficou com 41,64% no
período. No segundo turno daquele ano, Lula venceu com folga somando 60,83% dos
votos contra 39,17% de Alckmin.
Em 2010, Dilma Rousseff somou 46,91% dos votos no primeiro turno e 56,05% no segundo, vencendo José Serra, que somou 32,61% e 43,95%, respectivamente.
No ano de 2014, Dilma também liderou os dois turnos das eleições, com 41,59% e 51,64% dos votos, contra 33,55% e 48,36% de Aécio Neves (PSDB).
Wanderson Araújo