Delegado da PF acusa Zequinha de ser financiado por grupos criminosos


O delegado Alexandre Saraiva disse nesta terça-feira (14) que os criminosos que atuam na Amazônia têm boa parte dos políticos da Região Norte no bolso.

Entre os nomes citados pelo ex-superintendente da Polícia Federal do Amazonas está o do senador Zequinha Marinho (PL-PA)
. Em nota, o senador disse que 'não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem'.

 

A declaração de Alexandre Saraiva foi dada durante entrevista para o programa Estúdio I, da GloboNews, com Andréia Sadi e teve ampla repercussão por parte da mídia nacional.
 

Segundo o delegado, as investigações de crimes que ocorrem na Amazônia, como o caso do desaparecimento de Dom Phillips e Bruno Pereira, são prejudicadas porque os grupos criminosos possuem influência sobre alguns políticos.


“O que pega é quando chega a cobertura política para esses criminosos, porque eles têm boa parte dos políticos da Região Norte no bolso. Eu estou falando de governadores, senadores”, afirmou.

Alexandre Saraiva revelou que há uma coleção de ofícios de senadores de diversos estados da Amazônia enviados para seus superiores como forma de pressão.

 

“Tem ofício dizendo que eu estava ultrapassando os limites da lei, que estava cometendo abuso de autoridade. Teve senador junto com madeireiros me ameaçando”, declarou.

 

Para o delegado, a maior parte dos políticos do grupo conhecido como “Centrão” são financiados por esses grupos.

“Tenho certeza absoluta. Vou dizer nomes: Zequinha Marinho (PL-PA), estava junto com Ricardo Salles no dia da Handroanthus”, em referência à operação da PF que investigou madeireiras ilegais no Pará e Amazonas.

Alexandre Saraiva conclui dizendo: "Ou seja, nós temos uma bancada do crime. Na minha opinião, de marginais, de bandidos

Em nota, a assessoria do senador afirmou que “Zequinha Marinho não compactua com atos criminosos e não irá tolerar difamação, calúnia ou qualquer ataque à sua imagem, seja de quem for.

O que o delegado da PF afirma é grave. Vamos buscar a Justiça como forma de combater esse crime de calúnia”, diz.

De acordo com a assessoria, o senador “atendeu a um pedido da Associação das Indústrias Exportadoras de Madeiras do Estado do Pará e da Associação da Cadeia Produtiva Florestal da Amazônia, que reclamavam de arbitrariedades cometidas no âmbito da Operação Handroanthus”.


VEJA O VÍDEO.




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